sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Qual o verdadeiro posto de uma campeã ?

A número havia até então se afastado do circuito por um corte no pé , depois de uma impressionante campanha em Wimbledon. Serena Williams conquistou o troféu na grama sagrada, mesmo sem ritmo de jogo.Com o "circuito aberto", Kim Clijsters passou a substituí-la como a verdadeira campeã do circuito , pelo menos nos torneios mais importantes. O circuito feminino não estava desfalcado, pois se a belga continuava mostrando se impondo diante as diversas adversárias da nova geração.



O bicampeonato no US Open, o triunfo no WTA Championships sobre a atual número 1, Caroline Wozniacki além seu primeiro título em Melbourne ratificaram o favoritismo de Clijsters. Desde então, uma estranha lesão no pé direito quando dançava em um casamento a afastou do circuito, formando um grande vazio no circuito.

Grande oportunidade para Wozniacki, Zvonareva e Azarenka, tenistas que freiavam diante das adversárias mais experientes perceberam que tinha chegado a hora. Mesmo com a presença de Clijsters em Roland Garros, já era de se esperar uma derrota nas primeiras rodadas, por causa da sua falta de ritmo. Inesperado títulos da chinesa Na Li em Roland Garros e da tcheca Petra Kvitova em Wimbledon demonstraram a imprevisibilidade característica da WTA. Para piorar a situação, o excelente desempenho para conquistar primeiro título de Slam não foi mantido. Ambas tenistas só decepcionaram após os grandes feitos.



A situação agora se reverteu. Clijsters está lesionada e não vai jogar o U.S Open, dessa vez por causa de uma lesão abdominal e Serena tem bom caminho para demonstrar uma volta triunfal depois da grave embolia pulmonar, enquanto a belga tenta se recuperar, ainda sim, pensando nas Olimpíadas de Londres

A volta de Serena comprovou que ela está preparada para retomar o circuito de onde parou. Os títulos de Stanford e de Toronto foram até bons para as principais adversárias, que poderiam enfrentar a americana já na estreia.Mesmo assim, com a atual posição, é certo que Serena poderia enfrentar uma top 8 logo na terceira rodada. Não seria mais fácil classificá-la pelo seu potencial?



Quando as inscrições para o US Open fecharam, quatro semanas atrás, Serena estava tão mal ranqueada que mal podia entrar no evento. Como resultado, ela entrou na chave usando seu ranking protegido, quer seria justamente o número 1, quando parou em Wimbledon. Seria assim a  principal cabeça-de-chave com Wozniacki, o que a faria a cabeça-de-chave 2, como Wozniacki é a número 1 de fato. Foi exatamente o que aconteceu por exemplo quando Seles competiu o US Open 1997 após ser esfaqueada em 1996.


E não foi um caso excepcional, lembrando que a própria Serena já foi nomeada cabeça 3 em 2004, mesmo sendo número 11 no momento. Casos similares já ocorreram com Graf e Davenport, mas fica difícil acreditar que a USTA vai utilizar esse recurso novamente.


Se o US Open usasse um sistema similar utilizando os torneios preparatórios, Serena seria classificada entre 13-16, podendo só enfrentar as principais adversárias nas oitavas-de-final. Com os títulos de Stanford e Toronto, a americana se situaria perto desse número, sendo difícil saber com previsão, visto que o torneio de Cincinnati pode alterar o ranking.




Atualmente a colocação de Serena a situaria como cabeça-de-chave 31, mesmo sabendo que seu potencial é muito maior do que essa mera colocação no ranking. É claro que nessa opção, não ocorreria nenhuma discussão entre os jogadores ou a imprensa. É evidente, entretanto, que nenhuma top 8 quer ter Serena em sua chave, muito menos em uma possível terceira rodada.


Palpite: Embora seja grande favorita para o título do US Open 2011, não acredito em nenhuma alteração. E o circuito inteiro torce para não enfrentar Serena nas primeiras rodadas.


Na sua opinião, leitor, Serena merece ser qual cabeça-de-chave? Deixe sua opinião na caixinha.

CRÉDITOS : João Victor Araripe dono do de um dos melhores blogs de tenis , o Break Point Brasil , Parabéns Pelo Ótimo Post ! E Obrigado Pela Permissão !

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